quinta-feira, 18 de julho de 2013

A crise da redução do papel do Estado (III de III)


Privatização deliberativa.

            Certamente será mais fácil expandir a deliberação quando se consegue forçar, por via do controlo administrativo ou dominação política, da discussão de todas as dimensões do social e económico, todavia, quando as circunstâncias não o permitem, e surgindo duas necessidades que se justificam uma a outra no mesmo momento em que colidem frequentemente, para conciliar a redução do papel do Estado com a expansão da esfera pública é necessário cuidar a forma, mais que o conteúdo

Aqui importa o método, a comunicação e o trabalhar dos limites. Porque é sabido que o Estado pode ser menos interventivo e mais regulador, é possível o Estado alhear-se da execução de determinado papel, sem que a respetiva discussão deliberativa se reduza. Pelo contrário, assim haja vontade e capacidade política, é possível e manter consciência pública sobre o “papel” administrativamente liberto.
a discursividade e mesmo reforçá-la, bastando para tal que na mesma criação de mecanismos com que o Estado se liberta das responsabilidades executantes e interventivas, adapte a sua função reguladora à nova realidade. Podendo integrar as novas engrenagens de regulação automática com ações inclusivistas e comunicacionais do discurso público e político sobre a sua regulação, supervisão e articulação, nunca perdendo a sua premissa de fomento da