Privatização
deliberativa.
Certamente será mais fácil expandir
a deliberação quando se consegue forçar, por via do controlo administrativo ou
dominação política, da discussão de todas as dimensões do social e económico, todavia,
quando as circunstâncias não o permitem, e surgindo duas necessidades que se
justificam uma a outra no mesmo momento em que colidem frequentemente, para
conciliar a redução do papel do Estado com a expansão da esfera pública é
necessário cuidar a forma, mais que o conteúdo.
Aqui importa o
método, a comunicação e o trabalhar dos limites. Porque é sabido que o Estado
pode ser menos interventivo e mais regulador, é possível o Estado alhear-se da execução de determinado papel, sem que a
respetiva discussão deliberativa se reduza. Pelo contrário, assim haja vontade
e capacidade política, é possível e manter consciência pública sobre o “papel”
administrativamente liberto.
a discursividade e mesmo reforçá-la,
bastando para tal que na mesma criação de mecanismos com que o Estado se
liberta das responsabilidades executantes e interventivas, adapte a sua função
reguladora à nova realidade. Podendo integrar as novas engrenagens de regulação
automática com ações inclusivistas e comunicacionais do discurso público e
político sobre a sua regulação, supervisão e articulação, nunca perdendo a sua
premissa de fomento da