quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Educação Portuguesa em crise!

É o descontrole total.
É com tristeza que se assiste a este cenário nacional vergonhoso:
- A ministra obtusa já não entra em escolas sem assobios e "ovos de páscoa".
- As associações de professores rasgam acordos e revo ltam-se contra todo o sistema.
- Escolas recusam-se a cumprir a nova Lei.
- Alberto João Jardim classifica todos de "BOM" por decreto.

Onde vai isto parar?
Os professores sentem no novo modelo de avaliação, a gota de água que rebenta a bolha da política educacional de Sócrates - "certificação em demérito da aprendizagem".

Por mais selvagens que sejam certas atitudes de certos grupos queixosos, não se pode deixar as coisas mal afirmando que os outros são os prevaricadores e que nada há a fazer para melhorar a situação.

Se os professores têm razão, devem protestar. Mas não devem ser coniventes com golpes partidários nem devem apreciar a vergonha que é um governante ver-se ridicularizado nos ensinamentos da sala de aula.

Se a Ministra têm razão, deve contudo ter presente que contra os professores não conseguirá estabelecer qualquer novo modelo de avaliação. Na política, tal como na vida, é preciso ceder para conseguir algo.

O Primeiro Ministro é o primeiro responsável.
Como tal deveria ter previsto que impôr todo um modelo tecnocrata (ainda que justo), numa classe profissional que para além de nunca ter sido alvo de avaliação rigorosaa, representa o maior lobby profissional, não iria ter bom resultado.

Bastaria ao ministério da educação ter dado às escolas a total autonomia na sua avaliação, aplicando somente cotas (flexíveis) para as notas mais elevadas e indexar melhor a progressão a essas mesmas notas, para estar em paz desde à dois anos e na próxima legislatura estaria em muito melhores condições de implementar um sistema similar ao que tentou.

Quem tudo quer, tudo perde, e por mais que o ministério refira estatísticas de implementação do novo modelo, não há volta a dar. A implementação falhou! Não há pacto social que salve.

O Primeiro Ministro, a ser inteligente como se julga, deve, tal como fez um ano atrás na saúde, fazer rolar cabeças para recuperar respeito e acima de tudo, apaziguar as populações.

Pode haver medo no acto de dar a "parte fraca" mas há coragem e força em sacrificar um capricho pela paz social.

A Ministra pode ter as melhores intenções na sua determinação, mas é na sua demissão que está um melhor ano educacional para o país.

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