segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Em 2015, 30% dos casais sofrerão de infertilidade!

Hoje, são já 500 mil, o número de casais portugueses com extrema dificuldade em conceber um filho.

Infertilidade Masculina aumenta.
40% dos casos devem-se a infertilidade masculina.

Uma recente investigação espanhola revela que quase 60% dos homens em idade fértil, entre os 18 e os 30 anos apresentam uma qualidade do sémen inferior à que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera normal.

Industrialização, poluição ambiental e ainda os químicos presentes na alimentação (como os corantes) são riscos da infertilidade masculina.


Barriga de aluguer?
A lei portuguesa não permite a maternidade de substituição, como técnica de reprodução medicamente assistida, mas isso não impede dezenas de casais portugueses de procurarem "barrigas de aluguer" nos Estados Unidos, já que na União Europeia é proibido. Uma odisseia que pode custar à volta de 100 mil euros, entre custos dos tratamentos, viagens, pagamentos à grávida de aluguer e serviços clínicos.

A falta de um banco de gâmetas.
Portugal ainda não tem um banco de óvulos e esperma no sector público, apesar de a lei da procriação medicamente assistida já ter sido aprovada e promulgada pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
O investigador em Genética Mário Sousa, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, critica a lacuna: "Portugal ainda não tem um banco de gâmetas [células reprodutoras] por entraves políticos. Há dois anos o ministro da Saúde disse que não podia ser criado um banco de gâmetas porque a lei não fora ratificada. Hoje já podia tratar-se casais inférteis, mas não se sabe quando será criado um banco."


O Apoio do Governo.
Em 6 de Novembro de 2007, durante o discurso inicial no debate do Orçamento de Estado para este ano, José Sócrates anunciou o apoio à PMA, nomeadamente o financiamento a 100 por cento da primeira linha de tratamentos e do primeiro ciclo da segunda linha de tratamento.


No país existem 25 centros que realizam técnicas de PMA, a maioria são privados que cobram quantias muito elevadas por um tratamento.

Nos casos em que são necessárias técnicas como a Fertilização In Vitro (FIV) ou a Microinjecção Intracitoplasmática (ICSI), um tratamento pode custar mais de 5.000 euros, e mais de mil euros só para os medicamentos (injecções que estimulam a produção de óvulos, entre outros).

Aquando do anúncio de José Sócrates, o tempo médio de espera para um tratamento nos hospitais públicos era superior a dois anos.

Com o programa de apoio à PMA, o Governo disse esperar o nascimento de cerca de 1.700 crianças. Nenhuma nasceu até agora.

A Associação Portuguesa de Fertilidade.
A APF, que se prepara para uma acção pública de sensibilização para este drama
económico e pessoal que afecta centenas de milhares de portugueses, lamenta a situação insustentável que as pessoas com problemas de infertilidade vivem:
"O confronto com as limitações e com a segregação etária praticada no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é tal que a Lei sobre PMA, de 2006, permanece como uma miragem"...


Infertilidade pode ser definida como a incapacidade de conceber após um ano de relações sexuais não protegidas ou a incapacidade de manter a gravidez até o termo.

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